segunda-feira, 2 de abril de 2012

Homossexualidade é patologia?

Muito se tem discutido sobre a natureza do comportamento homossexual, desde o século XIX, em busca de explicações científicas para suas causas e manifestações. Em boa parte das considerações, o viés da anormalidade permeou os discursos e as práticas dos opinadores.
Curioso notar que, nos ambientes religiosos, de modo geral, tais abordagens de cunho bio-patológicas ganharam forte adesão e reforço dos textos ditos sagrados e de autores (con)sagrados. A homoafetividade seria um erro sob múltiplos pontos de vista: biológico, religioso, social.
Os movimentos espíritas também fizeram coro com esta visão, e utilizaram-se de interpretações dos textos da Codificação na tentativa de embasar doutrinariamente suas conclusões, caridosamente condenando a prática homoerótica mas amando as pobres criaturas tentadas à mesma...
Tradicionalmente, escutamos oradores e figuras de relevo falarem sobre a necessidade de abstinência e vida dedicada ao próximo, longe destas vivências pecaminosas e anormais. Quantos indivíduos sentiram-se lesados em sua intimidade e incompreendidos em sua orientação sexual nas reuniões espíritas?
Chegamos a um momento de questionamentos mais lúcidos e pragmáticos, de alguma forma reflexo das lutas dos gays, e as respostas conservadoras e puritanas não nos satisfazem mais. Afinal, qual o problema em ser homossexual? Porque tanto preconceito e discriminação? Será que os Espíritos consideram tal orientação uma anomalia? O que os Espíritos dizem de fato sobre tão polêmica questão?
Se você tem interesse neste debate, venha construir novas ideias a respeito em nosso Bate-Papo Espírita!!!  Procure o coordenador da sua Mocidade e se inscreva.

Um comentário:

  1. Gabriel, dentro do movimento espírita, detectamos preconceito camuflado na idéia de que somos humanos, passíveis de erros e com a falsa idéia de tempo para acertar (idéia essa endossada por alguns amigos oradores), mas observamos também muita preguiça, pois discute-se embasado na falsa idéia de conhecer determinado assunto, na maioria das vezes, sempre levado pelo senso comum. Esse bate-papo é de extrema importância, não só para os jovens mas para todos os espíritas que ainda não conhecem na totalidade a palavra e a prática do amor e respeito. Abração

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