terça-feira, 30 de abril de 2013

Cigarro: uma breve consideração

Você já viu esta imagem?


E esta?

Provavelmente a maioria das respostas será sim. Fazem parte de campanhas do governo federal brasileiro de combate ao uso do cigarro. Parece haver um consenso das autoridades da necessidade de se investir pesado em propagandas e restrições à indústria do tabaco, visando melhorar a saúde da população e ao mesmo tempo reduzir os gastos públicos com as múltiplas consequências danosas deste vício.

A propaganda dos efeitos prejudiciais tem sido a principal ferramenta na tentativa de conscientizar as pessoas para evitar ou abandonar o uso do cigarro. O Ministério da Saúde revela intensa preocupação com o tema e busca utilizar a mesma arma usada pelos fabricantes: uma verdadeira guerra de informações e tentativas de cooptação de ambas partes.

Neste embate há uma especial atenção dedicada aos adolescentes, o front das batalhas. Já está muito claro que é na adolescência que se inicia, na maior parte dos casos, o hábito de fumar, associado aos grupos de socialização e às influências das amizades. E os dados mostram que é alto o número de crianças e adolescentes que já experimentaram o tabaco e seus derivados.

Ora, diante deste quadro, algumas questões surgem: a restrição das propagandas de cigarro tem surtido algum efeito? A restrição da idade mínima de consumo tem funcionado na prática? E, mais especificamente, tantas proibições tem alguma validade?

Afinal, sendo um vício alimentado desde tempos ancestrais, em várias sociedades, e tão amplamente difundido, não seria o caso de permitir aos sujeitos que decidam por si mesmos? Que cada um assuma livremente o hábito do tabagismo? O Estado tem o direito de interferir numa escolha de âmbito pessoal?

O que pensa deste tópico? Liberalizar mais o comércio seria uma proposta adequada?

Venha debater conosco no Bate-Papo Espírita!!!
Inscrições no fim!!!!
Procure já o coordenador de sua Mocidade.




domingo, 28 de abril de 2013

Beber, cair e levantar?




A adolescência é a fase mais típica de confrontação com o mundo, o já estabelecido, as autoridades, os costumes. Período de mudanças velozes, no corpo, na mente, no convívio social. Muito comum observar certos comportamentos, tais como a iniciação no uso de álcool e cigarro. E hoje em dia, no Brasil, este consumo de álcool tem se verificado cada vez mais cedo e com maior frequência

Cenas bem corriqueiras nas noites de sexta, sábado e feriados, na região de barzinhos ou em festas de todos tipos, ver jovens bebendo bastante, em grupos, e muitos que ficam bêbados, carregados pelos outros.  Ao que parece, diversão é uma atividade que necessariamente pede a ingestão de bebidas alcoólicas, e há zoação nos dias seguintes pelas lembranças daquilo que estas pessoas fizeram ou disseram quando alteradas.

Ora, álcool é uma droga como todos outras que existem, mas é legalizada, como remédios e cigarro. Seu uso ocasiona transtornos variados, desde problemas de saúde até acidentes de trânsito. Na discussão sobre a legalização ou não da maconha e outras drogas, não seria o caso de incluir o álcool? Se é uma droga tão prejudicial , que acumula tantos danos, porque é vendida livremente?

Porque a sociedade ignora a cultura do (ab)uso de álcool como se fosse absolutamente natural e inofensivo? E você, caro jovem espírita, o que pensa a respeito? Acredita que o uso "social" de álcool é adequado? Acredita que deva haver restrições ou mais liberação pro consumo de bebidas alcoólicas?

Venha debater conosco!! Participe do Bate-Papo Espírita 2013!!!
Período de inscrições chegando ao fim. Procure o coordenador de sua Mocidade.






sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Remédio pra curar a tosse"

A frase que serve de título ao nosso post foi retirada da excelente música "3ª do plural", do grupo Engenheiros do Hawaii. Na composição há uma crítica ao modelo de sociedade no qual estamos inseridos, onde os valores da aparência prevalecem sobre os demais, e há um conjunto de interesses econômicos fundamentando ações e ideologias das coletividades.

Interessante notar que, num caldo cultural em que é importante estar, ou melhor, aparentar estar bem o tempo todo, feliz a qualquer custo e ambicionando sempre mais bens materiais, o remédio assume seu papel neste intricado universo. Seja para garantir um corpo perfeito, evitar as mínimas indisposições fisiológicas ou controlar os comportamentos de pessoas julgadas anormais.

Vivemos na era das pílulas milagrosas: emagrecem, aliviam depressões, curam gripes, erguem pênis e egos, domesticam vírus agressivos. Os efeitos de alta tecnologia farmacêutica em sociedades infantilizadas pelo consumismo neoliberal é facilmente observável: uso indiscriminado e excessivo de remédios:

Até mesmo na adolescência verificamos estas preocupações descabidas, por exemplo nos jovens que tomam anabolizantes em busca de rápido crescimento muscular: E daí vemos as notícias relatando os resultados perversos desta prática, com consequências para o resto da reencarnação dos sujeitos.

Não seria o caso de um controle rigoroso? Quando se discute a liberalização e/ou proibição das drogas, não seria adequado incluir neste debate os remédios? A venda livre é correta? E você, o que pensa a respeito da cultura das pílulas?

Venha conversar sobre este tema conosco no BPE!!!  Inscrições com o Coordenador da Mocidade.

sábado, 13 de abril de 2013

Meus heróis morreram de overdose

A morte do cantor Chorão, líder da popular banda Charlie Brown Jr, trouxe à tona mais uma vez o fim trágico de um ídolo artístico. [laudo comprova morte de Chorão por overdose de cocaína] Acrescenta o nome a uma série de artistas nacionais e internacionais sabidamente envolvidos com o consumo de drogas, que geraram todos tipos de efeitos em suas vidas, incluindo dependência e óbito.

Um caso que também causou grande impacto foi da cantora Amy Winehouse [amy-winehouse-morreu-por-excesso-de-alcool], deixando fãs inconsoláveis e perplexos com a nítida decadência de suas performances e saúde.

O que leva um sujeito jovem, famoso e rico a se drogar? Será que o processo de criação artística pede o uso de substâncias para ser favorecido? Será que o meio artístico facilita e incentiva o consumo de drogas?

Desde longa data, vemos artistas famosos serem glamourizados em uso de substâncias, seja o álcool, o cigarro, ou drogas ilegais, em boa parte dos países ocidentais com uma mídia "pop".

E você, que pensa a sobre este assunto? Quais suas ideias a respeito do tema?

Venha compartilhar sua opinião no BPE! Inscrições e informações com o coordenador de sua Mocidade.




quarta-feira, 3 de abril de 2013

As drogas devem ser legalizadas?

Galera, no mundo de hoje esta questão tem se apresentado com bastante frequencia nas discussões dominantes das sociedades.
É claro que se refere principalmente àquelas que ainda são de uso proibido, o que gera debates intensos e acalorados, bem como todo um universo econômico ao seu redor.
O que será que o Espiritismo pensa a respeito?
Mais importante ainda: o que o jovem espirita pensa sobre isso? Como se posiciona diante desta polêmica?
Segue o link para um vídeo no qual  Yaron Brook mostra porque as drogas não devem ser proibidas, mesmo que você seja completamente contra o uso delas e acredite que elas tem o poder de destruir a vida dos usuários e do seu círculo social.

http://www.youtube.com/watch?v=mr_5DZ9Grcs


Convidamos você a participar do Bate-Papo Espírita!!! deste ano pra debater este assunto e trocar ideias com outras pessoas. Maiores informações com o Coordenador de sua Mocidade.



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Movimento Espírita Jovem de Juiz de Fora

Juiz de Fora: cidade marcada por várias universidades, cursos, escolas, e, é claro, muitos jovens. Em uma terra com esse perfil, não é difícil encontrar grupos de juventude espírita espalhados por vários lugares, e até mesmo alguns que já somam mais de sessenta ou setenta anos de idade! Esse divertido paradoxo de um movimento de juventude septuagenário é uma marca do trabalho com a juventude da nossa cidade. A primeira mocidade de Juiz de Fora nasce em 25 de outubro de 1941, poucos anos depois da primeira mocidade espírita no país e no princípio da década em que Leopoldo Machado agitava os centros pelo Brasil com propostas de grupos de evangelização da juventude. A modesta iniciativa ganhou corpo, e, em meados de 1950, a Casa Espírita, o Grupo Garcia, o Ivon Costa e o Fé e Caridade já contavam com grupos de mocidade espírita – todos esses já com mais de sessenta anos de fundação! Com o passar dos anos, outros grupos foram surgindo nas casas espíritas de Juiz de Fora. No decorrer dessa história, muitos nomes foram imprescindíveis para a construção de grupos coesos, integrados e pautados na segurança da codificação de Kardec; muitos, incontáveis, foram essenciais para que as reuniões de mocidade tivessem a vivacidade, o sabor e a alegria própria das mesmas; inúmeros, ainda, foram aqueles que, presentes nos grupos e com amor pelas reuniões, eram o objetivo da existência das mesmas – pois, sem jovens, o que seria da mocidade? Hoje, nesta COMEJUS, jovens que ora frequentam as mocidades mais antigas trocam experiências com participantes de grupos jovens com pouquíssimos anos de fundação, como as mocidades dos centros Vida Maior, Amor e Luz e Padre Germano. Juiz de Fora tem hoje 26 grupos de mocidades espíritas, atingindo cerca de 600 jovens que optam, todas as semanas, por selecionar um dia para estudar e confraternizar à luz do espiritismo. Contamos com quatro encontros anuais de juventude, em que nos reunimos pelo estudo e pela amizade, além de seminários, eventos musicais, caravanas, piqueniques, e muito mais. A história já é longa, mas ainda está longe de ser terminada. Cada um de nós compõe um mosaico em que, embora as peças sejam frágeis sozinhas, é vivo e belo quando em conjunto; cada um de nós, nesses quatro dias, escreve um pedaço da história que será contada pelas gerações vindouras; cada um de nós faz parte de um movimento que começa quando o homem enxerga deuses na natureza num impulso pelo contato com o sagrado, elabora-se quando se percebe a grandeza de um único Deus grande e justo, ganha vida com a mensagem de supremo amor do Cristo Nazareno, atravessa os séculos e reverbera nos corações dos homens, ganhando as contribuições da codificação kardequiana e chegando ao nosso país pelas penas e vozes de grandes espíritos que nos ajudaram a ser o que somos hoje. E você, qual a história da sua mocidade? O que você pretende escrever, daqui pra frente?

domingo, 27 de janeiro de 2013

As duas ditaduras


Pode parecer estranho ao leitor confrontar-se com este título num espaço virtual no qual se discutem ideias e ocorrem divulgações relacionadas aos trabalhos das Mocidades Espíritas (ME) de Juiz de Fora. Muito esperado que surja um espantamento inicial por conta dos “arquétipos coletivos” que são sutil ou explicitamente inculcados em nós, frequentadores ou seareiros dos grupos jovens, a respeito da natureza e organização dos mesmos. Afinal, é de senso comum o entendimento das ME como locais de livre manifestação do pensamento e das opiniões, ambientes de vera fraternidade e total entrosamento dos participantes. Será mesmo?
Em virtude do paradigma imposto há tanto tempo e da visão romântica (e ingênua) do que são e de como se organizam as ME, equivocadamente analisadas fora de contexto nos Centros Espíritas e nos Movimentos Espíritas, questionar este arquétipo soa heresia (o que nos deixaria profundamente satisfeitos), atitude de menoscabo ou raivosa. Esperamos que a leitura atenta e desapaixonada das linhas seguintes afastem tais impressões e permitam o compartilhamento de uma visão crítica com interesse de promover avanços nas práticas e nas interpretações do assunto em destaque. Nos referimos especificamente à uma ideia basilar de pseudo amor, fruto da não análise sistemática e do corporativismo de muitos, a qual gerou e alimenta a Ditadura da Afinidade e a Ditadura da Simpatia.
As duas ditaduras poderiam ser consideradas como apenas uma em termos práticos e sua divisão é apenas didática, com vistas a enfatizar que a 1ª leva necessariamente à 2ª. A pressão, muitas vezes subconsciente, em criar e manter uma aproximação das pessoas a qualquer custo gera uma simpatia forçada e também invasiva, embora, a priori, bem intencionada. Faz-se mister localizar a origem deste comportamento egóico nas estruturas mesmas dos Movimentos Espíritas, os quais estão permeados de “obssessão fraternal”, fiscalização de métodos e condutas autoritárias. Tudo em prol de uma tal Unificação... Em virtude de tal interpretação imatura de Espiritismo e de Evangelho, vemos sessões de abraços constrangidos, cumprimentos mentirosos e sorrisos amarelos. É preciso estar em sintonia com todos, amar todos e manter os outros sob vigilância para que ajam nesta adequação consensual.
O leitor poderá estar questionando a argumentação com uma lembrança: ele próprio ou outrem abraça e cumprimenta espontaneamente, com prazer e alegremente. Mas tal lembrança vem corroborar a ideia central do texto. Basta um questionamento simples: todos se sentem assim confortáveis? Todos desejam abraçar / serem abraçados? Os que não desejam, são respeitados? Os que não desejam são rotulados? Eis o ponto fundamental. Uma análise honesta e uma observação acurada demonstram inexoravelmente a coerção exercida, sutilemente praticada. Passemos aos exemplos.
O jovem que chega em uma das ME deve ser recebido gentilmente, o que habitualmente se traduz por ser abraçado, mesmo contra sua vontade. Se ele passa discretamente e busca um canto pra ficar quieto, logo será buscado por alguém muito simpático que o irá retirar desta situação e dar-lhe um afetuoso abraço...  não desejado. Isso se fugir ao montinho sorridente e dedicado da galera da recepção. O que dizer das dinâmicas? Sempre dá-se um jeito de forçar os presentes ao amplexo uns com os outros. O que pensar das “sensibilizações”? (ainda estou procurando a utilidade e a seriedade delas) O tormento de ver um sujeito à frente de uma multidão, conduzindo a atividade para um climax emotivo de lágrimas, mãos dadas e abraços efusivos. Os encerramentos ou “vibrações” nas quais todos tem de se levantar ao som de músicas espíritas, darem as mãos candidamente e rodarem feito borboletas ao redor da lâmpada. E claro, sem mencionar que todas interações são absolutamente fraternais, sem nenhuma segunda intenção jamais... Os Encontros formam um capitulo especial: todo mundo feliz, se abraçando o tempo todo, abraçando todo mundo. Seja por um dia ou mais. Os eventos que ocorrem no carnaval exigem mais persistência para a maratona de contatos e sorrisos sem fim.
É um exercício oportuno e elucidativo observar as pessoas fora das reuniões das ME. São poucas as que mantêm os hábitos de abraçamento e vínculos de simpatia...  justamente aqueles com os quais naturalmente se afinizam. Curioso, não? Insistimos que o problema não está em abraçar e manter a simpatias, mas sim no seu caráter totalitário. Por isso a alcunha de ditaduras, porque fruto de imposição dogmática e falta de criticidade das práticas. A Doutrina Espírita convida nosoutros ao estabelecimento de vínculos fraternais mobilizados pela convivência, na qual construímos as afinidades e simpatias, ganhamos a confiança uns dos outros e criamos intimidades, gradual e espontaneamente. A homozeinezação de condutas é a desgraça a ser expulsa dos arraiais espiritistas, sob o sério risco de superficializar as relações. Jesus nos ensinou o amor e não o pieguismo por guia nas experiências interpessoais. Lembremos do Nazareno lidando com as criaturas, sempre amando-as em cada ocasião, seja orientando, quer advertindo, e também dialogando. Nada de emocionalismo barato mas sim conversas intestinas e honestidade equilibrada.
O acolhimento ao outro, o amar ao próximo parte do princípio de respeito ao universo do sujeito, do acatamento de sua singularidade e de seu modo de ser. Afinidades são construídas no conviver, na medida em que existem comportamentos, sonhos, vontades em comum. Impor ao outro o meu afeto é desconhecer a orietação espírita no tocante ao livre-arbítrio, tão propalado e desconsiderado... Registra-se na 3ª parte de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo, a Lei de Liberdade. Não seria coerente exercê-la também nas proprias ME? Aliás, neste mesmo livro encontramos um item de grande utilidade nesta reflexão. Vejamos:
“390. A antipatia instintiva é sempre sinal de natureza má?
´De não simpatizarem um com o outro, não se segueque dois Espíritos sejam necessariamente maus. A antipatia, entre eles, pode derivar de diversidade no modo de pensar. À proporção, porém, que se forem elevando, essa divergência irá desaparecendo e a antipatia deixará de existir.´” (grifo nosso)
A diferença de pensar e, por extensão, de agir, é comum entre as pessoas e profundamente saudável no crescimento de todos nós. Aprendemos a nos posicionar num mundo de variedades, aprendemos com as visões alheias e que divergências não significam guerras nem ódio nem desunião. Lidando com as diferenças e buscando a resolução de conflitos através de diálogos sinceros amadurecemos para o Amor incondicional ensinado pelo Cristo, sem atitudes convencionais, sem culpas, medos, repressões ou recalques. Convidamos ao leitor que pondere sobre isto e analise as vivências nas ME (e suas atividades) o que e como ocorrem os relacionamentos: na base do respeito e da liberdade? ou de maneira imposta e superficial? Partindo das observações críticas terá melhores condições de se posicionar sobre o assunto e buscar vivências coerentes com as orientações do Mundo Maior, permeadas de amor sincero e lúcido, energia e racionalidade.
Vemos com bastante frequência nas ME a indignação devido à conduta de religiosos tentando impor suas visões de mundo ou suas interpretações bíblicas em nossas portas domésticas. Nos irritamos com os grupos de abraçadores que ficam nas ruas “oferecendo” seus amplexos e pensam que a sua generosidade significa obrigação de reciprocidade. Ora, como reclamar de tais procedimentos se algo semelhante acontece nos próprios grupos? Não seria a ocasião de uma pitada de autocrítica e mudança de comportamento? Menos hipocrisia e mais autenticidade? Que tal respeitarmos (sem cara de reprovação) as opções de não contato? Que tal dar a cada um a liberdade de ser e agir conforme seu próprio temperamento? E, se você quiser aceitar, minha despedida via Gilberto Gil: “Todo o povo brasileiro / Aquele abraço!”.