quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

História do Espirit(ual)ismo


Você já ouviu falar do médium sueco Emanuel Swedenborg? E do médium estadunidense Andrew Jackson Davis, que fazia comunicações psicofônicas em hebraico sobre diversos temas aos 19 anos? E sobre os irmãos Davenport, médiuns de efeitos físicos que enchiam salões com demonstrações de manifestações espirituais como levitação, pancadas e execução de músicas em instrumentos sem que neles tocassem mãos encarnadas?

Se você não conhece nenhum deles, mas desejar conhecer esses e muitos outros, o livro História do Espiritismo, de Arthur Conan Doyle, é uma boa pedida! O autor de Sherlock Holmes não escreve uma história das manifestações espíritas como diletante, mas com a experiência de quem também escreveu importantes textos históricos sobre guerras na África e na Europa. O estilo de leitura, simples e direto, dá gosto de percorrer as páginas e de conhecer paulatinamente um número enorme de médiuns dos quais poucos se lembram.

Entre os fenômenos físicos de Eusápia Palladino, as pesquisas de Crookes e as famosas
peripécias das irmãs Fox (cuja narrativa, no livro, vai muitos anos além do evento em Hydesville), Doyle lança de forma sutil suas opiniões e impressões a respeito dos eventos e de como são encarados pela sociedade da época.

Uma curiosidade a respeito do livro é que o título original em inglês é “História do Espiritualismo” (The History of Spiritualism). A explicação é simples: para todos aqueles que lemos a introdução d’O Livro dos Espíritos, basta lembrar que a palavra “Espiritismo” é cunhada por Kardec na França em 1857 para designar a nova doutrina trazida pelos agentes espirituais. O leitor, nesse sentido, não deve esperar na leitura da obra de Doyle um estudo que siga as diretrizes e métodos usados por Kardec, mas sim um apanhado de como as manifestações se desenvolveram, especialmente na Inglaterra e nos Estados Unidos (existe um único capítulo dedicado a Kardec, sinal de que seu trabalho ainda não havia sido abundamente estudado e discutido em solo anglo-saxão).

Prefaciado pelo sensato estudioso da doutrina Herculano Pires, “História do Espiritismo” é, segundo a modesta opinião de quem escreve, um dos livros espíritas mais interessantes depois da codificação. Vale a pena aproveitar o momento e começar a estudar para a COMEJUS de 2013, na qual os fenômenos anteriores à codificação ocuparão espaço significativo!


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