quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Movimento Espírita Jovem de Juiz de Fora

Juiz de Fora: cidade marcada por várias universidades, cursos, escolas, e, é claro, muitos jovens. Em uma terra com esse perfil, não é difícil encontrar grupos de juventude espírita espalhados por vários lugares, e até mesmo alguns que já somam mais de sessenta ou setenta anos de idade! Esse divertido paradoxo de um movimento de juventude septuagenário é uma marca do trabalho com a juventude da nossa cidade. A primeira mocidade de Juiz de Fora nasce em 25 de outubro de 1941, poucos anos depois da primeira mocidade espírita no país e no princípio da década em que Leopoldo Machado agitava os centros pelo Brasil com propostas de grupos de evangelização da juventude. A modesta iniciativa ganhou corpo, e, em meados de 1950, a Casa Espírita, o Grupo Garcia, o Ivon Costa e o Fé e Caridade já contavam com grupos de mocidade espírita – todos esses já com mais de sessenta anos de fundação! Com o passar dos anos, outros grupos foram surgindo nas casas espíritas de Juiz de Fora. No decorrer dessa história, muitos nomes foram imprescindíveis para a construção de grupos coesos, integrados e pautados na segurança da codificação de Kardec; muitos, incontáveis, foram essenciais para que as reuniões de mocidade tivessem a vivacidade, o sabor e a alegria própria das mesmas; inúmeros, ainda, foram aqueles que, presentes nos grupos e com amor pelas reuniões, eram o objetivo da existência das mesmas – pois, sem jovens, o que seria da mocidade? Hoje, nesta COMEJUS, jovens que ora frequentam as mocidades mais antigas trocam experiências com participantes de grupos jovens com pouquíssimos anos de fundação, como as mocidades dos centros Vida Maior, Amor e Luz e Padre Germano. Juiz de Fora tem hoje 26 grupos de mocidades espíritas, atingindo cerca de 600 jovens que optam, todas as semanas, por selecionar um dia para estudar e confraternizar à luz do espiritismo. Contamos com quatro encontros anuais de juventude, em que nos reunimos pelo estudo e pela amizade, além de seminários, eventos musicais, caravanas, piqueniques, e muito mais. A história já é longa, mas ainda está longe de ser terminada. Cada um de nós compõe um mosaico em que, embora as peças sejam frágeis sozinhas, é vivo e belo quando em conjunto; cada um de nós, nesses quatro dias, escreve um pedaço da história que será contada pelas gerações vindouras; cada um de nós faz parte de um movimento que começa quando o homem enxerga deuses na natureza num impulso pelo contato com o sagrado, elabora-se quando se percebe a grandeza de um único Deus grande e justo, ganha vida com a mensagem de supremo amor do Cristo Nazareno, atravessa os séculos e reverbera nos corações dos homens, ganhando as contribuições da codificação kardequiana e chegando ao nosso país pelas penas e vozes de grandes espíritos que nos ajudaram a ser o que somos hoje. E você, qual a história da sua mocidade? O que você pretende escrever, daqui pra frente?