terça-feira, 17 de abril de 2012

Homossexualidade no Centro Espírita

Uma vez que todo tipo de pessoa frequenta a instituição espírita, com vínculos mais ou menos fortes, é esperado que esta diversidade também se verifique no que tange à orientação sexual. Muito óbvio que adentram às portas de qualquer casa espírita indivíduos que se assumem heterossexuais, homossexuais ou bissexuais.
Ocorre que esta constatação sempre trouxe consequencias polêmicas nos arraiais espiritistas, posto que as visões e organizações de cunho tradicionalista e preconceituoso, trataram de marginalizar, doutrinaria-socialmente, as pessoas declaradas ou suspeitas (este é o termo) de serem homossexuais.
Em vários seminários e pinga-fogos, ouvimos opiniões semelhantes, discursando pela não inclusão do homossexual nas lides espíritas. A justificativa se baseia no desequilíbrio de que são portadores, na necessidade que têm de absterem dos pecados da comunhão homoafetiva, e do mal exemplo que seriam para os demais.
Mas, afinal, homossexualidade indica comportamento pervertido? A orientação sexual é que define o comportamento sexual? Será que tal postura não cria uma cultura cínica de silêncio e vidas paralelas dentro do Centro Espírita? Esta discriminação encontra algum apoio nas passagens Evangélicas? Como os Espíritos se posicionam diante de tal questão?
Se você deseja aprofundar este debate, de maneira respeitosa e madura, está convidado a participar do Bate-Papo Espírita!!! Procure o coordenador de sua Mocidade e se inscreva.
Aproveito e sugiro uma pequena bibliografia espírita sobre o tema. Caso desejem ler antes do evento, será de grande utilidade para as discussões.

§  O Livro dos Espíritos: itens 132, 200, 201, 202, 207, 208, 216, 228, 229, 258, 259, 261, 264, 269, 335, 367, 368, 369, 370, 385, 695, 696, 698, 699.
§  O Evangelho segundo o Espiritismo: introdução, item II.
§  Revista Espírita: janeiro de 1866, artigo “As mulheres têm uma alma?”.
§  Além do rosa e do azul – recortes terapêuticos sobre homossexualidade à luz da Doutrina Espírita (Gibson Bastos) [CELD].
§  Vida e Sexo (Emmanuel): capítulos introdução, 19, 20, 21, 23, 26.
§  Desafios da vida familiar (Camilo): capítulo I, questões 12 e 13; capítulo II, questões 28 e 29.
§  O jovem espírita quer saber (autores diversos): capítulos “Sexo” e “Homossexualidade”.
§  Atualidade do Pensamento Espírita (Vianna de Carvalho): questões 5 e 179.
§  Pinga-Fogo (Chico Xavier): 1º, questão 35; 2º, questão 40.

4 comentários:

  1. Queria muito ir a esse bate-papo... Ultimamente já mudei umas duas vezes de opinião sobre o tema! Não sei mais o que pensar... Na minha opinião leiga, eu não considerava a homossexualidade um transtorno, ou uma prática pecaminosa. Entretanto, encontrei bibliografia de médium e espírito confiáveis que orientavam os ditos "transexuais" a não praticaram a "homossexualidade", ou seja, que aconselhavam aqueles que tinham desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo à abstinência. Como não me foi apresentada nenhuma bibliografia que postulasse o contrário, até agora eu pensava de acordo com a obra que consultei, mas sempre com uma dúvida: se o relacionamento homossexual for vivido com respeito, porque privar os homossexuais de darem vazão à sua sexualidade?
    Eu vou consultar a bibliografia que você forneceu Gabriel, mas depois gostaria que você lesse o mesmo texto que eu li e se posicionasse a respeito. Confio muito na sua opinião!
    Um grande abraço e parabéns pela iniciativa do blog, muito interessante!

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  2. http://pt.scribd.com/doc/10496725/Loucura-e-Obsessao
    Leia, por favor: 2ª reunião _ itens 8 a 16 (págs. 10 a 14).
    Provavelmente, você já leu esse livro.

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  3. Olá, Gabriel! Gostaria de saber como faço a inscrição, pois não frequento nenhuma mocidade ultimamente e quero muito participar desse bate papo.
    Abraço, Aline.

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  4. Cara Aline.
    Basta que me escreva em glgpensador@gmail.com que providencio sua inscrição.
    Você é muito bem-vinda!
    Fráter, Gabriel.

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