sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Remédio pra curar a tosse"

A frase que serve de título ao nosso post foi retirada da excelente música "3ª do plural", do grupo Engenheiros do Hawaii. Na composição há uma crítica ao modelo de sociedade no qual estamos inseridos, onde os valores da aparência prevalecem sobre os demais, e há um conjunto de interesses econômicos fundamentando ações e ideologias das coletividades.

Interessante notar que, num caldo cultural em que é importante estar, ou melhor, aparentar estar bem o tempo todo, feliz a qualquer custo e ambicionando sempre mais bens materiais, o remédio assume seu papel neste intricado universo. Seja para garantir um corpo perfeito, evitar as mínimas indisposições fisiológicas ou controlar os comportamentos de pessoas julgadas anormais.

Vivemos na era das pílulas milagrosas: emagrecem, aliviam depressões, curam gripes, erguem pênis e egos, domesticam vírus agressivos. Os efeitos de alta tecnologia farmacêutica em sociedades infantilizadas pelo consumismo neoliberal é facilmente observável: uso indiscriminado e excessivo de remédios:

Até mesmo na adolescência verificamos estas preocupações descabidas, por exemplo nos jovens que tomam anabolizantes em busca de rápido crescimento muscular: E daí vemos as notícias relatando os resultados perversos desta prática, com consequências para o resto da reencarnação dos sujeitos.

Não seria o caso de um controle rigoroso? Quando se discute a liberalização e/ou proibição das drogas, não seria adequado incluir neste debate os remédios? A venda livre é correta? E você, o que pensa a respeito da cultura das pílulas?

Venha conversar sobre este tema conosco no BPE!!!  Inscrições com o Coordenador da Mocidade.

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